Na democracia em que estamos, o... Jonathan Humberto Freitas...
Na democracia em que estamos, o silêncio é a única liberdade de expressão imune de insultos.
Se calar é berrar por um partido sem professar sua sigla.
Quase impossível optar por preservar as relações em detrimento de divergências ideológicas e políticas.
É uma guerra que já te colocam num lado sem ter escolhido onde quer estar.
Não há diferenças, insustentável tal convívio.
O pluralismo político é um irrelevante jurídico, com mesma força normativa, e até inferior, que o preâmbulo da constituição.
A liberdade de pensar já não condiciona a existência, como apregoado por Renê Descartes.
Há igualdades, e o que escapa disso não merece existir no seu círculo social.
Que minhas críticas sejam lidas politicamente, cada qual me vendo mais partidário que os próprios concorrentes.
Que a acidez interpretada de tudo escrito seja mais ardente que o próprio inferno de Dante, reservado pra mim, no pior lugar, para os aderentes da neutralidade. Lá, Gregório de Matos me aguarda para juntos nos embebedarmos e rir dessa sociedade desolada e acanhada.
A esquerda carrega de maneira destra sua foice comunista, e a direita com sua canhota empunha o fuzil para combater a criminalidade.