Em uma pequena vila, havia um... Joao Simas
Em uma pequena vila, havia um sapateiro conhecido por sua habilidade e também por sua língua solta. Ele não apenas consertava sapatos, mas também espalhava os segredos dos aldeões que, sem querer, deixavam escapar enquanto esperavam pelo serviço.
Certo dia, o sapateiro ouviu uma conversa sobre um tesouro escondido na floresta. Sem pensar duas vezes, ele divulgou a informação para todos na vila. A notícia se espalhou como fogo, e logo, uma multidão de pessoas invadiu a floresta em busca da fortuna.
No entanto, o tesouro era na verdade uma armadilha de um bando de ladrões que queriam saquear a vila enquanto todos estavam ocupados na floresta. Quando os aldeões retornaram, encontraram suas casas vazias e suas riquezas levadas.
A língua solta do sapateiro havia trazido ruína à vila. Ele aprendeu, da maneira mais difícil, que algumas palavras são como folhas ao vento: uma vez soltas, não podem ser recapturadas e podem levar à destruição daquilo que mais prezamos.
Desde então, a vila adotou um novo ditado: “A língua é uma chave que pode abrir portas ou selar destinos.” E o sapateiro? Ele passou a medir suas palavras tão cuidadosamente quanto media os sapatos que consertava.