Esperança nos Contornos do Acaso Foi... Matheus Henrique Carneiro...
Esperança nos Contornos do Acaso
Foi sorte eu te conhecer?
Ou será que foi o sussurro da esperança,
Desenhando em nuvens de um amanhã incerto
A promessa de um céu azul em dias cinzentos?
Nos teus olhos encontrei a calmaria,
Reflexos dourados de um sol poente
Que mesmo ao se despedir, promete retornar.
Seria então destino, essa tua chegada súbita,
Ou apenas a vida se desdobrando em poesia?
Nas trilhas onde o acaso nos guiou,
Descobri flores brotando em fissuras de pedras—
Beleza resoluta, nascida onde menos se espera.
Talvez o amor seja isso:
Uma esperança persistente,
Que brota e floresce nos terrenos mais áridos do ser.
Sim, foi sorte—a mais rara e bela—
Mas também foi a esperança,
A mesma que pinta de cores vivas
Os quadros ainda por completar de nossas vidas.
No entrelaçar de nossas mãos,
No encontro de nossos passos,
Celebro o acaso e cultivo a esperança,
Porque foi sorte, sim, mas é amor que nos sustenta.
Em cada amanhecer, escolho acreditar:
Que mais do que sorte, é um milagre suave,
Este encontro entre almas,
Que tecem juntas a tapeçaria dos dias,
Colorindo o mundo com tons de eternidade.