Tratei de dores da alma com prazer ou... Vinicius Schuartz Caetano
Tratei de dores da alma com prazer ou aceitação, procuro em tudo um sentido, algo que me traga uma direção, eu sei, isso é inevitável, pra onde quer que eu vá, sempre estarei caminhando, a vida é uma esteira em direção a morte, já sei pra onde é o norte, como uma ovelha negra descubro o lobo e avisto o coiote, peguei tudo que me interessa na vida e pus num texto, agora só me resta executá-lo. Me dediquei a tudo que eu acreditei ser fiel e verdadeiro, procurei DEUS nos meus piores pesadelos, ouvi uma voz que vem de dentro, sei que a vida é fruto do meu pensamento, mudei a visão de distraído para olhos atentos. Poucos se interessam pelo que temos por dentro. Procurei no sentimento a razão de estar vivo ou a razão da existência do mundo. Lembro da nosso origem, quando corpos andavam desnudos, evoluímos até crer que somos donos de tudo, somos seus servos, o universo é um embrião, somos espermatozóides lutando pela fecundação. Poucos seguirão, muitos morrerão pelo caminho. O desenvolvimento do feto é um manifesto da luz, sempre haverá um invejoso pra por peso na cruz, inimigos da verdade, seres que se conformam, se cheguei até aqui é porque sou inquieto, preciso honrar essa sede que motiva, sede de arriscar tudo em prol da vida, da razão que liberta quem se desprende de quem não te tira de vista. Se quer, invista. Cê quer? Em vista! Tô aprendendo apenas mais uma função, me dedico pra isso como o braço pra mão, o cérebro pro coração, a palavra que liberta do aço, o boi que escapa do laço, a dor que se acalma no abraço, a esperança que remonta os cacos, o papel que temos expressado, as imagens que temos guardado, cada manhã é uma vida que eu nasço, já renasci mais do que morri, chorei flores no jardim do paraíso, provei sabores que seduzem, viciam conforme o prazer trás significado, estamos vivendo ou perdendo tempo com o que tem nos segado? Tô olhando pra cim, cansei de olha pra baixo. Sous os dedos que tocam no piano a mais bela sinfonia, o artista plástico que dá forma a matéria, vim dos primórdios combater o fio com o amor, o rei o com o calor, é claro, é óbvio. Curar a dor é o meu negocio, combato a ilusão no ócio, minha percepção é a minha carta de alforria, me desmereceram porque lhes dei esse direito, mas agora que tudo tá claro eu tô vendo. Sim, você mesmo, esse que está na frente do espelho, reflexo do desejo, mais um que não sabe porque veio, só acredito no que creio, eu já falei que é tão óbvio…