Ela chega sem se anunciar como a... McPassoca
Ela chega sem se anunciar como a mudança das estações, a súbita tempestade que transforma paisagens e corações. Com ela, aprendi que o amor não é uma casa para morar, mas um rio em constante movimento, um céu que não cessa de se pintar com novas cores ao entardecer.
Ela não pede permissão, não bate à porta nem espera ser convidada a entrar. Ela atravessa paredes, quebra cadeados, dissolve todas as minhas resistências como açúcar no café da manhã. Com ela, percebi que amar é admitir tempestades como parte do pacote, é entender que não há arco-íris sem um pouco de chuva.
Ela domina tudo que toca com a suavidade de quem não sabe que detém o poder. Suas mãos, embora pareçam forjadas nos mesmos ventos que movem moinhos e espalham as sementes, possuem a delicadeza de quem tece sonhos, de quem carrega o mundo sem deixá-lo cair.
Seu amor é a força de uma tempestade: avassalador, refrescante e necessário. Sob seu olhar, amar é também deixar ir, é saber que, por mais que desejemos controlar os ventos, somos apenas velejadores seguindo as correntezas que nos são dadas.
Ela, com sua força indomável, ensinou-me a não ter medo do caos, a dançar na chuva, a abraçar os raios e sorrir para o trovão. Porque o amor, o verdadeiro amor, é aquele que nos faz mais vivos, mais humanos, mais corajosos para enfrentar qualquer coisa.
E assim, ao seu lado, descobri que o poder não está só na calmaria, mas também na capacidade de transformar cada desafio em uma oportunidade de nos reinventarmos, de crescermos, de sermos infinitamente mais do que éramos antes do céu escurecer.