Cântico do Vencedor Silencioso Por... Samuel L. S. Dantas
Cântico do Vencedor Silencioso
Por um tempo, cercaram-me os inimigos,
tramando contra mim, buscando tirar-me a coroa.
Zombavam da minha fraqueza e riam,
pois sabiam que eu não lutava, nem erguia armas contra eles.
Mas fiz-me de surdo, como quem não ouve;
ceguei-me, como quem nada vê.
Até que o tempo se completou,
e minha visão se aperfeiçoou, como uma lâmpada na escuridão.
E, sem derramar uma gota de sangue, venci meus inimigos.
Então percebi que a visão clara triunfa sobre todas as estratégias,
e a vitória faz do prudente um rei.
Bem-aventurados os que lutam com bravura e com olhos abertos,
pois agora, os que se ergueram contra mim jazem por terra,
e a lembrança de sua força se desfez.
A quem foi dado o cavalo, cuide dele com zelo,
pois o cavalo é a base do cavaleiro.
Ó, homem, por que feriste o que podia te sustentar?
Não sabes que quanto mais forte o cavalo,
maior e mais seguro será o caminho do guerreiro?