Eu nunca soube ser... Trícia
Eu nunca soube ser "frágil", nunca tive tempo para ser. E ao decorrer da vida, eu até esquecia de tentar nutrir essa parte. Até que eu encontrei alguém, e esse alguém me lembrava diariamente que eu era, sim, "frágil", que eu só precisava parar e VER. Eu demorei a parar, talvez por medo de perder a única parte que eu conhecia; eu tinha medo de não saber conciliar as duas.
Mas sempre que esse medo vinha e essa minha parte, chamada por mim de "ogra", queria dominar, ele vinha e alimentava a minha parte "frágil", e eu comecei a amar esse descanso que vinha com ela.
Ele me ensinou a alimentá-la para que eu não precisasse ser forte novamente caso ele precisasse ir embora. E hoje... Eu sei ser "frágil".
Mas eu sinto falta daquela vozinha me dizendo: "Você é, sim, frágil. Eu amo isso em você."