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Muitos cristãos, incluindo a Igreja Adventista do Sétimo Dia, acreditam que as profecias bíblicas e os sinais dos últimos tempos indicam que a volta de Jesus está próxima. Essa crença se fundamenta em várias passagens das Escrituras que falam sobre sinais que precedem a segunda vinda de Cristo, como:
1. Sinais na natureza e na sociedade: Mateus 24:6-8 menciona guerras, rumores de guerras, fomes, pestes e terremotos como sinais do fim dos tempos. Muitos interpretam eventos atuais como evidências desses sinais se cumprindo.
2. A pregação do Evangelho a todas as nações: Em Mateus 24:14, Jesus afirma que o Evangelho deve ser pregado a todas as nações antes do fim. O avanço da evangelização global é visto como um sinal de que a volta de Cristo está se aproximando.
3. Aumento da iniquidade e da indiferença espiritual: Em 2 Timóteo 3:1-5, Paulo descreve uma época de moralidade decadente e da falta de amor, que muitos acreditam estar se manifestando nos dias atuais.
4. O retorno de Israel à sua terra: O restabelecimento do Estado de Israel em 1948 é frequentemente citado como um cumprimento profético, relacionado a passagens como Ezequiel 37, que fala do retorno dos exilados.
A crença na iminente volta de Jesus é uma esperança central na fé cristã, e muitos crentes são encorajados a viver de maneira vigilante e preparada. A Igreja Adventista, em particular, enfatiza a importância de estar atento aos sinais e de manter uma vida de fé, obediência e testemunho. Eles acreditam que, embora não possamos saber a data exata do retorno de Cristo, os sinais indicam que Sua volta é um evento certo e que devemos nos preparar espiritualmente para esse dia.
Abaixo segue uma síntese do capítulo 37 de Ezequiel.:
Ezequiel 37 é um dos capítulos mais marcantes do livro de Ezequiel, conhecido especialmente pela visão do vale de ossos secos, que Deus deu ao profeta. Esse capítulo está dividido em duas partes principais, e cada uma delas traz uma mensagem poderosa sobre a restauração e a esperança para o povo de Israel.
1. A Visão do Vale de Ossos Secos (Ezequiel 37:1-14)
Ezequiel começa relatando que Deus o levou a um vale cheio de ossos secos. Deus pergunta ao profeta: “Filho do homem, poderão viver estes ossos?” Ezequiel responde que somente Deus sabe a resposta. Então, Deus instrui Ezequiel a profetizar sobre os ossos, ordenando-lhes que ouçam a palavra do Senhor. Quando Ezequiel obedece, ele vê algo extraordinário: os ossos começam a se juntar, depois são cobertos de tendões, carne e pele, até formarem corpos completos, mas ainda sem vida.
Então, Deus ordena que Ezequiel profetize novamente, desta vez convocando o "espírito" (ou "fôlego") para entrar nos corpos. Ao fazer isso, o espírito de Deus entra neles, e os corpos se levantam como um grande exército.
Significado da Visão dos Ossos Secos
A visão simboliza a restauração de Israel. Naquele tempo, o povo de Israel estava exilado na Babilônia, sentindo-se desesperado e sem esperança, como ossos secos. Por meio dessa visão, Deus promete dar vida e restaurar Seu povo, trazendo-o de volta à sua terra e restaurando sua identidade como nação. O fôlego que entra nos corpos representa o Espírito de Deus, que traz vida e renovação ao povo.
Além disso, essa visão vai além da restauração física e aponta para uma renovação espiritual. Deus promete que dará Seu Espírito ao povo, renovando sua fé e confiança nEle. Esse renascimento não é apenas para Israel no sentido físico, mas também representa a transformação que Deus pode realizar espiritualmente no coração do Seu povo.
2. A Profecia das Duas Varas (Ezequiel 37:15-28)
Na segunda parte do capítulo, Deus dá outra mensagem a Ezequiel, usando um novo símbolo: duas varas. Deus instrui o profeta a pegar duas varas de madeira. Numa delas, Ezequiel deve escrever “Judá” e, na outra, “Efraim” (representando as tribos de Israel). Então, ele deve juntar as duas varas numa só, mostrando que Deus fará das duas nações (Reino de Judá e Reino de Israel, que haviam se dividido) uma só nação novamente, sob um único rei.
Significado da Profecia das Duas Varas
Essa profecia simboliza a unificação das tribos de Israel e Judá, que haviam sido divididas em dois reinos. Deus promete que, em vez de duas nações separadas, Ele as reunirá como um único povo. O rei que governará será "Davi, meu servo" (versículo 24), referindo-se a um descendente de Davi – uma referência messiânica ao futuro Rei, Jesus Cristo, que estabeleceria um reino eterno e justo.
Para os cristãos, essa promessa é vista como uma profecia messiânica sobre a vinda de Cristo, que trará paz, unidade e restauração espiritual para todos os que creem nEle, judeus e gentios, reunindo-os em um só povo.
Aplicação e Significado Teológico de Ezequiel 37
Ezequiel 37 é uma mensagem de esperança, restauração e renovação. Ela ensina que, mesmo quando tudo parece estar morto e sem esperança, Deus tem o poder de trazer vida e renovação. No contexto de Israel, Deus promete restaurar a nação e trazer Seu povo de volta à terra prometida. Espiritualmente, essa passagem também representa a obra de redenção e restauração que Deus realiza no coração de cada pessoa que se volta para Ele.
Para os cristãos, Ezequiel 37 é frequentemente entendido como uma representação do poder da ressurreição e da vida nova em Cristo, que traz renovação e esperança até mesmo para os mais desesperançados. Ela aponta para o papel do Espírito Santo em trazer vida e transformação a cada indivíduo, bem como ao povo de Deus como um todo.
De acordo com as profecias do livro de Daniel sobre a história do mundo, em que momento estamos agora?
O livro de Daniel contém diversas profecias que delineiam o futuro do mundo, incluindo a ascensão e queda de impérios, e muitos cristãos, inclusive a Igreja Adventista do Sétimo Dia, interpretam essas profecias como uma linha do tempo profética que aponta até a segunda vinda de Cristo. A interpretação adventista, em especial, se concentra em duas visões: a estátua do sonho de Nabucodonosor (Daniel 2) e a visão dos quatro animais (Daniel 7).
1. A Estátua do Sonho de Nabucodonosor (Daniel 2)
No capítulo 2 de Daniel, Nabucodonosor, rei da Babilônia, tem um sonho com uma grande estátua composta de diferentes materiais, cada um representando um império.
Cabeça de ouro: Representa o Império Babilônico.
Peito e braços de prata: Representam o Império Medo-Persa, que sucedeu Babilônia.
Ventre e coxas de bronze: Representam o Império Grego de Alexandre, o Grande.
Pernas de ferro: Representam o Império Romano, que sucedeu a Grécia.
Pés de ferro misturado com barro: Interpretados como uma divisão do Império Romano em várias nações, que formaram as bases da Europa moderna.
A interpretação adventista, assim como a de outros cristãos, vê a estátua como uma representação das sucessivas potências mundiais. No fim do sonho, uma pedra, não cortada por mãos humanas, atinge os pés da estátua, destruindo-a completamente e se tornando uma grande montanha. Esta pedra é vista como o Reino de Deus, que será estabelecido na segunda vinda de Cristo e jamais será destruído.
Momento atual: De acordo com essa visão, o mundo atualmente estaria nos "pés de ferro misturado com barro", ou seja, num tempo de divisões e alianças frágeis entre nações, sem que uma única potência domine todo o mundo, como aconteceu com os impérios anteriores. Isso indica que estamos próximos da etapa final do sonho, aguardando o estabelecimento do Reino de Deus.
2. A Visão dos Quatro Animais (Daniel 7)
Em Daniel 7, Daniel tem uma visão de quatro animais, que também simbolizam reinos:
Leão com asas de águia: Representa Babilônia, com características de força e majestade.
Urso com três costelas na boca: Representa o Império Medo-Persa, com suas três principais conquistas (Lídia, Babilônia e Egito).
Leopardo com quatro asas e quatro cabeças: Representa o Império Grego, que se dividiu em quatro partes após a morte de Alexandre.
Animal terrível e espantoso, com dentes de ferro: Representa o Império Romano, que foi cruel e poderoso.
Esse animal tem dez chifres, que são interpretados como as nações em que Roma se dividiu. Entre esses chifres surge um "chifre pequeno" que derruba três dos chifres anteriores e se torna um poder perseguidor. Esse "chifre pequeno" é muitas vezes identificado, na interpretação adventista, como um poder religioso-político que atua de forma contrária à vontade de Deus.
Momento atual: No entendimento adventista, o mundo está vivendo no período em que o "chifre pequeno" ainda exerce alguma influência, mas estamos cada vez mais próximos do "Juízo Final" de Deus, que aparece em Daniel 7 como um evento em que o poder do "chifre pequeno" será finalmente destruído, e o Reino de Deus será estabelecido para sempre.
3. A Profecia das 2300 Tardes e Manhãs (Daniel 8:14)
Em Daniel 8:14, é mencionada uma profecia de "2300 tardes e manhãs", interpretada pelos adventistas como uma profecia que se cumpriu em 1844, marcando o início de um "juízo investigativo" no céu, em que Cristo atua como sumo sacerdote no santuário celestial. Esse processo, segundo a interpretação adventista, precede a segunda vinda de Cristo e representa o tempo final em que vivemos.
Conclusão: Estamos Vivendo o "Tempo do Fim"
De acordo com a interpretação adventista, estamos atualmente no “tempo do fim”, um período profético de espera e vigilância antes do retorno de Cristo. Eles acreditam que as profecias de Daniel indicam que estamos próximos do cumprimento final – a segunda vinda de Jesus, simbolizada pela pedra que destruirá a estátua e o estabelecimento do Reino eterno de Deus.
Essas profecias são um convite para que todos vivam de forma consciente e preparada, mantendo a fé e aguardando a concretização das promessas de Deus.