Aqui jazz uma alma que sobreviveu Aos... Mirla Santos
Aqui jazz uma alma que sobreviveu
Aos aplausos vazios e às palmas sem som,
Nadando em mares de promessas sem cais,
Rindo da vida que jura ser séria demais.
Aqui descansa, enfim, no seu leito,
Entre flores que nunca soube cultivar,
Sobreviveu aos sábios e seus conselhos,
Mas não ao relógio que a fazia correr sem parar.
Ironicamente venceu o mundo,
Só para ser derrotada pela rotina,
E agora jaz, com um sorriso mudo,
A alma que sobreviveu, cansada e fina.
Seu epitáfio? Um suspiro, um deboche,
Porque a vida, afinal, era só um esboço.
"Aqui jaz uma alma que sobreviveu de ilusões"