Não me peçam para amá-los, pois... Gabriel Hayashida de Arruda
Não me peçam para amá-los, pois não posso amar, nem a vocês, nem a ninguém! O amor que trago é um fardo, uma pesada carga que não desejo compartilhar (tamanha maldição). Se nutro afeição por ti, não é um convite, mas antes um aviso: ser amado por mim é uma condenação, uma condenação ao degredo...
Não posso impor a você a pena de estar na minha companhia. Nesta cela, apenas cabem dois: um bandido e uma vítima, e eu sou ambos, duplamente culpado, pela ousadia de querer e pela covardia de temer. Condenaram-me à prisão perpétua, e que cruel castigo é partilhar eternamente a minha medíocre existência. Não desejo isso a nenhum de vocês. Se eu pudesse, me libertaria de mim; felizes sois vós por simplesmente não ser eu!