Reflexões Filosóficas Em pleno... Ruisdael Maia
Reflexões Filosóficas
Em pleno "declínio" das minhas capacidades cognitivas, ressurjo, insuportavelmente consciente de mim mesmo. O deleite do pensamento sublime, que insiste em me manter lúcido diante da minha própria loucura, que me afasta da irracionalidade.
Eu, que outrora buscava incessantemente elevar meus pensamentos à forma mais sublime, agora me rendo à consciência da minha mortalidade
— Uma mortalidade que parece nunca se concretizar, mas cuja possibilidade se mantém sempre presente.
Como se, por alguns instantes, eu pudesse desfrutar da eternidade — sem compreendê-la em sua plenitude. Mas sendo tragado pela minha limitada existência de forma voraz.
Um instante temporal que insiste em existir, uma insignificante forma de vida que ousou acreditar que poderia alcançar a eternidade.
—Mas sendo tragado pela minha limitada existência de forma voraz. Um instante temporal insiste em existir, uma insignificante forma de vida que ousou acreditar que poderia alcançar a eternidade.
Loucura? Talvez. Sou eu louco? Ou estaria enfrentando uma desrealização da verdade?
O que a mente humana realmente é capaz de criar, que o corpo, em sua finitude, limita de maneira tão intensa?
Os pensamentos e desejos não se alinham completamente com a realidade.
Como em um sonho lúcido, movo-me continuamente em direção à eternidade. Mas, imerso na temporalidade, sofro o dano causado pelo tempo.
Minhas feridas, ora físicas, ora mentais, ora emocionais, me entregam à loucura de sonhar acordado, com o único intuito de contemplar a eternidade — e, enfim, encará-la diretamente, face a face.
03/10/2024