A cabeça do rei Muitos tempo... Anderson WA Delfinoa
A cabeça do rei
Muitos tempo depois,
A muito guerra findada,
Entendeu a verdade exposta:
a cabeça do rei degolada.
Um crânio oco de osso,
Uma coroa de ouro dourada,
A cabeça de um rei asqueroso,
Descarnada num poste empalada
Percorreu os estágios do luto
De negação à aceitação
Lutou contra o sono profundo
Precisava entender a razão.
Cem dias de paz restaurada,
Nos portões da cidade murada
Beirando a estrada de entrada
A cabeça foi iluminada
Um epifânico momento noturno
Que da caveira escapou em berros
Nunca fui rei desse mundo
Eles quem sempre eram servos