⁠Crises cotidianas Vivo a minha... Anderson WA Delfino

⁠Crises cotidianas Vivo a minha versão dessas tempestades de coisas. Na esquina dos milhares de caminhos, Então, te entendo você precisa escolher. O tempo são s... Frase de Anderson WA Delfino.

⁠Crises cotidianas

Vivo a minha versão dessas tempestades de coisas.
Na esquina dos milhares de caminhos,
Então, te entendo
você precisa escolher.
O tempo são seus anos de vida,
e o peso da escolha é imenso:
escolher por onde seguir,
sabendo que não adiantará olhar pra trás.
Então, não olhará.
Cada estrada é uma vida,
e milhares de assassinatos de tantas outras vidas,
as vidas não vividas,
as estradas das possibilidades não escolhidas.
Crise é o choque da decisão importante
diante das infinitas possibilidades.

Muitas estradas conduzem à felicidade
através de caminhos repletos de tristezas.
Destinos tristes,
encontrando alegrias inesperadas.
Poucos caminhos são só tristeza ou felicidade,
porque assim somos nós:
misturamos dor com alegria.
Eu misturo, e você também.

Em alguns caminhos, somos belos demônios
disfarçados de homens e anjos.
Em outros, somos anjos caídos
entre homens e demônios.
Num mundo onde não existem nem anjos, nem demônios,
apenas homens.

Algumas estradas são plenas,
outras, fatais.
Milhares de caminhos únicos,
paradoxos prolixos,
traçados no vasto mapa das possibilidades.
Linhas que partem de você,
onde seus pés estão agora,
e seguem por cruzamentos e derivações,
rumo ao futuro.
Cada um é um universo de escolhas.
Sempre há uma guinada possível,
ou a opção de seguir em linha reta.
A amálgama da vida,
o abstrato desenho do destino.

Crises querem dizer que está acontecendo muito.
Tantas coisas que não temos tempo,
ou energia, para ponderar cada rota.
Ansiedade e estresse surgem como sinais
do nosso subconsciente,
percebendo a complexidade.
Decisões importantes pressionam,
o tempo nos desafia.
Isso é crise.
De algum ângulo,
há algo de romântico em saber
que nossa ansiedade vem de algo importante.
As crises são os pontos de virada,
as cenas que os diretores destacariam.

Pássaro Perdido,
o título do filme da sua vida.

Assim também seriam os capítulos da sua biografia:
sempre sobre as crises.

O Rodopio da Borboleta,
seria seu livro.

O meu, eu não sei.
Entro em crise só de pensar