SOMOS PEDAÇOS DE QUASE TUDO QUE EXISTE... FRANCISCO JUVAN SALES
SOMOS PEDAÇOS DE QUASE TUDO QUE EXISTE NA TERRA
É preciso observar atentamente os contrastes e conflitos de cada um de nós para compreendermos como somos multipedaços de quase tudo que existe na Terra. Vivemos constantemente em transformações sendo agentes do ocaso, do acaso e do caos. Não observamos tudo de imediato e simultaneamente, mas podemos ver muito mais do que se percebe e se acredita através do nosso cotidiano existencial de que somos um animal imperfeito, mas um animal especial dotado de razão, inteligência, reflexão, com capacidade de pensar sobre um modo inteiramente diferente que as outras espécies de animais.
Nenhuma ciência, filosofia, religião ou qualquer outro campo do conhecimento é capaz de definir a profundidade e complexidade da existência humana. Somos, de fato, compostos por elementos que se encontram em toda a Terra e no universo. Nossa capacidade de transformação e adaptação é notável, e isso nos torna agentes tanto do acaso, do ocaso e do caos.
Embora não possamos observar tudo de imediato e simultaneamente, nossa percepção e entendimento do mundo ao nosso redor são ampliados pela nossa capacidade de reflexão e raciocínio. Como seres humanos, somos imperfeitos, mas essa imperfeição é parte do que nos torna únicos e especiais. Nossa inteligência e habilidade de pensar de maneira complexa e abstrata nos diferenciam de outras espécies.
Tudo na espécie humana é múltiplo, fragmentado, não podendo haver certeza, objetividade, segurança, mas espectros específicos em relação às definições, às ideias que mostram em permanente mudança as maneiras próximas de se apropriar da coisa-homem. E os saberes se constituem e têm uma história de contrapontos em uma série de opostos irreconciliáveis sobre os seres que somos.
A espécie humana é, de fato, marcada pela multiplicidade e fragmentação. Nossa existência é composta por uma infinidade de experiências, perspectivas e contextos que tornam impossível alcançar uma certeza absoluta ou uma objetividade completa. Em vez disso, navegamos por espectros de entendimento e interpretação que estão em constante mudança quanto, por exemplos, os tópicos descritos abaixo.
Cada indivíduo possui uma história única, moldada por suas vivências, cultura, educação e ambiente. Isso resulta em uma vasta gama de perspectivas e interpretações sobre fragmentação, multiplicidade, diversidade de experiências. O conhecimento humano dividido em inúmeras disciplinas e subdisciplinas, cada uma com suas próprias metodologias e paradigmas, reflete a complexidade do mundo e a nossa tentativa de compreendê-lo nos leva à subjetividade, e consequentemente, à incerteza. Subjetivamente, nossas percepções e interpretações são influenciadas por nossos valores, emoções e contextos pessoais. Isso significa que duas pessoas podem ter visões completamente diferentes sobre o mesmo fenômeno. Relativamente à incerteza, a ciência e a filosofia nos mostram que nossas certezas são temporárias, portanto, sujeitas à revisão. Novas descobertas e ideias estão em permanente renovação do nosso entendimento sobre o que é velho e novo, enquanto o velho ainda não é arcaico.
Concluindo, as definições e ideias sobre o que significa ser humano estão em constante evolução. Questões como identidade, gênero, e ética são reavaliadas à luz de novos conhecimentos e contextos sociais e a maneira como nos aproximamos e nos apropriamos do conceito de humanidade é dinâmica. Utilizamos a arte, a ciência, a filosofia e outros campos do conhecimento para explorar e redefinir o que significa ser humano. E essa complexidade e dinamismo são o que tornam a experiência humana tão rica e fascinante.