A REALIDADE COMO IMPERATIVO CATEGÓRICO... FRANCISCO JUVAN SALES
A REALIDADE COMO IMPERATIVO CATEGÓRICO
Com o presente texto tento refletir alguns aspectos da realidade como ela é no mundo de hoje – e sempre foi em todos os tempos da existência humana -, enfocando a sua intensidade do tudo ou nada entre o bem e o mal, sem meio termo de escolha, quando o seu imperativo categórico de princípios e regras nos regula e nos obriga obedecê-lo em detrimento de nossa sobrevivência.
Por ser a realidade do mundo de hoje complexa e multifacetada, marcada pelos avanços tecnológicos, pelos desafios ambientais, pelas mudanças sociais e políticas e outros fenômenos do dia a dia da nossa vida, parecem-nos que parcelas de fragilidade de nossa essência, como a liberdade, a independência e outros aspectos inerentes à existência do ser humano, podem estar comprometidas. Por outro lado, é possível ver que essas mudanças rápidas e constantes ganham novas formas de ser e existir, como é o caso da tecnologia, que nos conecta e nos faz sentir mais de maneira incrível agora. Pode ser que estejamos perdendo parte inerente da condição humana, como a conexão com a natureza, a simplicidade da vida cotidiana, ou algo mais devido as mudanças de uma evolução tecnológica. Essa evolução implica estamos constantemente nos adaptando e encontrando novas maneiras de viver e interagir com o mundo em que vivemos. Talvez, ao invés de perdermos algo, estamos simplesmente transformando e redefinindo o que significa ser humano em um contexto moderno.
No entanto, enquanto vários sinais dessa realidade global nos mostram aspectos positivos de novas oportunidades de desenvolvimento e crescimento sociais e econômicos com a possibilidade de nos proporcionarem sustentação de progresso, outros sinalizam ameaças e desafios significativos quanto a uma condição sustentável de melhoria na qualidade de vida, como as crises que impactam negativamente as áreas de alimentação, saúde, educação e meio ambiente, que requerem a necessidade de ações urgentes e coordenadas por parte de todos que vivem sobre a Terra a fim de superarmos esses obstáculos e garantirmos sustentação significativa para nós e o planeta no futuro próximo.
Outra questão é a sobrevivência humana que envolve várias dimensões, desde as necessidades básicas (alimentação, água, abrigo etc.), segurança (proteção contra morte, agressões, assaltos e outras violências físicas), estabilidade financeira e um ambiente seguro de garantia à sobrevivência), educação (uma nova forma de pensar frente os problemas, dificuldades e adversidades sociais, econômicos e políticos), sustentabilidade, até questões éticas nos meios públicos e privados. Esses elementos são interdependentes e essenciais para garantir a sobrevivência humana em um mundo cada vez mais complexo e desafiador.
Como vimos, a realidade é feita de muitas competições, disputas, confrontos no dia a dia mediante oportunidades sem meio termo na escolha. É o tudo ou nada, o oito ou oitenta. Essa intensidade intempestiva de combates pode ser exaustiva, mas também é o que torna a vida tão vibrante e cheia de possibilidades para decisões que podem mudar o curso da nossa vida em um piscar de olhos.