Eu declarei-me com o coração... Si Candiera
Eu declarei-me com o coração aberto,
Mas as palavras soaram em vão,
O sentimento, profundo e incerto,
Falou sozinho, sem direção.
Meus lábios formaram o desejo,
Mas o eco respondeu apenas à solidão,
O amor que tentava ser um beijo
Transformou-se em silêncio e confusão.
Em cada sílaba, uma esperança,
Em cada olhar, uma súplica não ouvida,
Mas o seu coração não dançou a dança,
E o meu ficou preso na espera não vivida.
Eu gritei ao vento o que sentia,
Mas o som se perdeu na bruma do ar,
Meu coração, com a alma vazia,
Falou em sussurros que ninguém quis escutar.
A declaração, uma vela ao vento,
Acendeu a noite, mas não iluminou,
E o amor que era puro sentimento
Foi apenas uma sombra que se apagou.
Agora, restam apenas ecos e lembranças,
Do que foi dito, mas não compreendido,
O coração falou em esperanças,
Mas o amor ficou, apenas perdido.