Prostitutas São mães no anonimato... Sildácio Matos
Prostitutas
São mães no anonimato
Sem piedade são caçadas
Suas famílias renegadas
Sem nenhuma compaixão.
A mentir, são obrigadas,
Fogem da hipocrisia macabra
Que em tudo ver punição.
Na calçada e ruas escuras
Surgem tímidas figuras
Que aprendem cruel lição.
Seu inferno é diário
Indefesas, mudam o cenário,
Pois amam sem condição.
Fingem a felicidade
Bebem, sem ter vontade,
Faz parte da encenação.
Seu único amor a aguarda
Sua cria debilitada
Espera sem entender
Que sua mãe é uma heroína
Espécie de chama divina
Que morre, pra ela viver.