Querido diário, Hoje, mais do que... NGR
Querido diário,
Hoje, mais do que nunca, me sinto completamente perdido. O medo de que meu relacionamento possa acabar está me consumindo de dentro para fora, e não sei como lidar com isso. Cada pensamento parece girar em torno dessa possibilidade, como se eu estivesse preso em um ciclo de ansiedade e incertezas.
É estranho, porque eu sei que não deveria me sentir assim. Mas, ao mesmo tempo, não consigo afastar essa sensação de que tudo está por um fio, prestes a desmoronar. O medo se manifesta em formas pequenas e grandes, nos silêncios prolongados, nas conversas que parecem mais distantes, nas inseguranças que antes eu conseguia controlar, mas agora me dominam.
Tento fazer de tudo para que as coisas continuem bem, mas, ironicamente, é esse medo de perder que parece estar criando fissuras entre nós. Cada palavra que digo, cada gesto que faço, parece estar contaminado por essa insegurança, e tenho medo de que, ao tentar proteger o que temos, eu acabe afastando-a ainda mais.
Estou perdido porque não sei o que é real e o que é apenas minha mente pregando peças em mim. Será que ela sente o mesmo? Será que estou sozinho nessa luta para manter tudo de pé? Esses pensamentos me corroem, e quanto mais tento encontrar respostas, mais confuso me sinto.
O que mais me assusta é a ideia de que, em algum momento, ela possa se cansar dessa minha constante preocupação, dessa minha necessidade de reafirmação. O medo de que ela decida que não vale a pena continuar tentando, que eu sou apenas mais um problema em sua vida, é esmagador. E, no fundo, eu me pergunto se esse medo é o que acabará criando a realidade que tanto temo.
Estou preso nesse labirinto de pensamentos, sem saber como sair. Cada dia que passa, sinto como se estivesse me afastando de mim mesmo, perdendo a confiança que eu costumava ter em nosso relacionamento, e isso me desespera.
Eu só queria encontrar um jeito de acalmar minha mente, de acreditar que tudo vai ficar bem. Mas, por enquanto, tudo o que tenho é essa sensação de estar à deriva, sem saber para onde ir, com medo de que, a qualquer momento, tudo que construímos possa simplesmente desmoronar.