Quando te vi, nada de especial... Lidiamara de Almeida
Quando te vi, nada de especial surgiu,
Não havia lua brilhando, nem perfume no ar,
Eu não te notei, e você a mim também não,
Mas, entre nós, algo sutil floresceu,
Sem nome, sem razão, sem querer,
Algo que negamos, que calamos,
Um desejo não dito, mas que pairava.
Foi desejo? Talvez, ou talvez não,
Se você me quis, eu também quis,
Mas se nunca me quis, finjo que nunca te quis.
As horas passam, é madrugada,
Aniversários se acumulam, um após o outro,
E o silêncio entre nós cresce, ensurdecedor,
Meu esforço para te alcançar, em vão,
Ficou claro que não queres minha companhia.
Finjo estar bem, até o ser de fato,
E quem sabe, um dia, sentiras saudade,
Buscarás meu nome, e talvez,
Encontres estas palavras,
Te pergunte se são para ti,
Ou pense que há outra,
Mas a verdade é que foste única,
A única em anos que coloriu meus dias.
Mas que importância isso tem?