Na penumbra das palavras, onde o... Joao Simas
Na penumbra das palavras, onde o silêncio se entrelaça com o mistério, encontramos a verdadeira essência da personha. Ela dança entre as sílabas, escondendo-se nas entrelinhas, esperando ser decifrada por olhos atentos e corações vigilantes. A personha não é apenas o que dizemos, mas também o que calamos.
Os interesses pessoais, como fios invisíveis, tecem sua trama. Eles nos impulsionam a falar ou a calar, a revelar ou a esconder. A maldade, como um veneno sutil, se infiltra nas entrepalavras, corroendo a confiança e minando a sinceridade. A manipulação, como um jogo de sombras, distorce a realidade, fazendo-nos dançar conforme suas regras invisíveis. E a covardia, como uma máscara frágil, esconde-se por trás das palavras, evitando o confronto direto.
Mas nós, os sábios, escolhemos o silêncio como nossa armadura. Não por fraqueza, mas por discernimento. Sabemos que nem toda palavra merece resposta, nem todo segredo deve ser revelado. No silêncio, encontramos poder e proteção. Nele, guardamos nossa verdadeira identidade, nossos valores e nossa integridade.
Assim, quando a boca sussurra, quando a personha se desvela, permanecemos firmes. Observamos, avaliamos e decidimos. E, se necessário, respondemos com a eloquência do silêncio, deixando que nossas ações falem por nós.