Em várias culturas, falamos de um... Meu Diário
Em várias culturas, falamos de um Deus ou deuses que nunca erram, são perfeitos, e nós somos inferiores, devendo seguir suas regras e leis para sermos úteis a eles ou até mesmo para ficarmos perto deles. Depois de um tempo, comecei a notar uma coisa em todas as religiões: as pessoas nos ensinam a amar o próximo, a ajudar o próximo, isso principalmente na religião cristã. Mas vejo que, quando as pessoas ajudam, na maioria das vezes, fazem para ganhar um paraíso, não porque gostam, mas para obter algo em troca ou até mesmo por medo do inferno. Na religião espírita, propaga-se o amor e a caridade, mas muitas vezes os espíritos que vêm em nosso auxílio nos deixam à mercê de obsessores. Na Umbanda, os pais de santo e mães de santo ficam brigando uns com os outros para ver quem é mais forte, quem tem mais fundamentos ou quem é mais verdadeiro. Até mesmo ouvi uma história que dizia bem assim: "Somos Deus." Como assim, somos Deus? Ele disse que, imagine um ser quântico, uma criatura que consiga manipular energia. Deus, em sua magnitude, ao criar o universo, sem querer, deixou cair uma parte de si no universo, enquanto a outra parte ficou fora do universo. Seus fragmentos de consciência se espalharam pelo universo, pegando todos os seres. Somos fragmentos da consciência de Deus que lutam para se reagrupar e voltar ao seu corpo ou até mesmo à sua outra metade. Aí pensei: então quer dizer que, quando maltrato alguém, estou maltratando a mim mesmo? Quando faço alguma maldade com alguém, estou fazendo maldade comigo mesmo? Quando ajudo alguém, estou ajudando a mim mesmo? Isso faz mais sentido. A meditação está me ajudando, mas meu corpo e minha mente estão se deteriorando a cada dia. Espero que esta encarnação acabe logo. Já não estou sentindo emoções boas ultimamente, estou ficando vazio. Só espero o silêncio da minha morte em breve.