Meu Pai, Meu Rei Meu pai era um homem... Ana Paula Camara
Meu Pai, Meu Rei
Meu pai era um homem simples, mas sua presença era marcante. Ele tinha o hábito de chamar os amigos de “Meu Rei”, e essa expressão carinhosa se espalhava por onde passava. Sua alegria era contagiante, e todos se sentiam bem ao seu lado.
No entanto, ele tinha um defeito: a bebida alcoólica. Essa luta constante era parte dele, mas não definia sua essência. Sua qualidade mais admirável era a honestidade. Ele nunca escondeu suas fraquezas, mas também nunca deixou de ser verdadeiro consigo mesmo e com os outros.
Sua fé em Nossa Senhora era comovente. Ele rezava com devoção, e sua crença era visível em cada gesto. Era lindo de se ver alguém tão sincero em sua espiritualidade.
Meu pai partiu, mas deixou um legado. Ele me ensinou a ser autêntico, a valorizar a honestidade e a ter fé, mesmo nos momentos difíceis. Hoje, sigo seus passos, lembrando-me sempre de ser quem sou, com todas as minhas imperfeições e virtudes.
E quando ele me chamava de “Lambuzinha”, eu não entendia, mas agora sei que era um carinho. Como o pássaro “lambuzo”, que voa livre e contente, assim era nosso amor, simples e envolvente.
Saudades tenho de suas gargalhadas, as mais engraçadas, suas piadas sem graça mas que nos animavam, seu jeito tão sem jeito, sua braveza, sua energia. Meu pai, você se foi, mas tudo isso está vivo em mim. Você se orgulhava em dizer “essa é minha filha mais velha”, e eu me orgulho em dizer “esse é o meu pai, meu melhor amigo, meu herói”. Te amarei eternamente. 🌟❤️