O ato de partir Quando eu partir,... Allan Barros
O ato de partir
Quando eu partir,
não adianta acenar,
não adianta chorar,
não adianta sorrir.
É partida definitiva
destas que são de uma vez por todas.
sem voltas, sem retornos,
uma passagem só de ida.
Quando eu partir (e, sim, eu partirei),
não seja maledicente,
nem bajulador,
muito menos inconsequente.
Porque toda partida é violenta.
como o fogo que consome a mata,
como a força impetuosa do vento,
como a necessidade da verdade num argumento.