Vendo os postes correrem em direção... Rodrigo Noval
Vendo os postes correrem em direção contrária rumo ao fim da vida, penso na desimportância que tudo deveria ter sem despedidas. Converso com o meu ego lembrando porres do passado, num bar com Nietzsche e Schopenhauer, sonhando de olhos abertos as filosofias que nunca disseminei, guardo rancores na gaveta das vaidades, onde escondo lá no fundo minhas escassas verdades. Os momentos que vivi, os amores que amei, vão pro saco de lixo, junto com latas de cervejas amassadas, junto com tudo o que plantei de bom, que foi quase nada.