Maldito amor que nasceu no meu peito... José Eurico
Maldito amor que nasceu no meu peito
e pela vida tem me castigado.
Já não descanso em meu próprio leito;
bate em meu torso um coração magoado.
Todas angústias que sofro eu aceito
com a empatia de um ser conformado.
Me sinto um mártir desse amor desfeito.
Quisera mesmo nunca ter amado.
Meu coração porém que foi um cego,
quando outros da cruz que carrego,
sorri altivo com satisfação!
Mas sei porquê ele sorri assim!
É que aqueles que riem de mim,
a mesma cruz talvez carrearão.
José Eurico