Setembro Amarelo: A Superficialidade... Dieke Pessoa
Setembro Amarelo: A Superficialidade da Conscientização
Toda vez que setembro chega, somos inundados por uma enxurrada de mensagens e posts nas redes sociais sobre o setembro Amarelo. A conscientização sobre a saúde mental tornou-se uma tendência anual, com milhões de pessoas compartilhando mensagens e fitas amarelas em nome da solidariedade. No entanto, é difícil ignorar a hipocrisia que permeia essa efusiva demonstração de apoio.
Sim, tanta gente fala sobre o setembro Amarelo, mas quantos realmente se importam com a dor do vizinho que está ao lado? A verdade é que a maioria dessas mensagens e ações de conscientização se limita a uma superfície brilhante, sem profundidade ou substância real.
Além disso, o setembro Amarelo muitas vezes esconde a falta de investimento real em serviços de saúde mental. Os sistemas de saúde estão subfinanciados e sobrecarregados, deixando aqueles que precisam de ajuda enfrentando longas filas de espera e recursos limitados. É fácil para as autoridades e instituições apoiarem a conscientização, mas a alocação de recursos suficientes para atender às necessidades daqueles em sofrimento é frequentemente negligenciada, um abraço aos nossos políticos hipócritas!
A superficialidade da conscientização no setembro amarelo é um reflexo da nossa sociedade que prioriza a imagem sobre a ação real, o compartilhamento de mensagens sobre a empatia genuína e a retórica vazia sobre a mudança substantiva. Para verdadeiramente honrar o setembro Amarelo, devemos ir além das palavras vazias e nos comprometer com ações significativas em apoio àqueles que enfrentam desafios de saúde mental todos os dias, não apenas durante um mês do ano.