⁠ Como mudar o coração A mente é o... Júnior Oliveira

⁠ Como mudar o coração A mente é o cérebro em ação, e o que chamamos de coração é na verdade o nosso subconsciente. Nossa razão, ou seja parte consciente da men... Frase de Júnior Oliveira.


Como mudar o coração

A mente é o cérebro em ação, e o que chamamos de coração é na verdade o nosso subconsciente.

Nossa razão, ou seja parte consciente da mente, representa apenas 5%, o restante é nosso "coração", o inconsciente.

Tudo que fazemos repetidas vezes, ou eventos com grande impacto emocional são armazenados no subconsciente, coração.

Quando alcançamos um nível de consciência em que identificamos algo que nos faz mal, e decidimos rejeitar, parar ou abandonar.

Nesta hora, uma luta desonesta do coração versus a razão é travada na mente.

As situações experenciadas na infância, em nossa familia de origem, quer seja por eventos que se repetiram várias vezes, ou por acontecimentos, ainda que únicos, mas que tiveram forte impacto emocional constituem nosso "coração", e este "coração" provoca em nós um desejo de repetir de forma inconsciente aquilo que nos é familiar, isso nos empurra a vivenciar experiências dolorosas, mesmo não as querendo de forma consciente.

Desta forma, repetimos os mesmos erros do passado, e muitos vivem a mesma realidade que viveram seus pais, ainda que não queiram. De fato temos de nossos pais muito mais que desejamos.

Já reparou que as notícias dos telejornais são em sua imensa maioria coisas ruins? não é por acaso, o ser humano é atraído e dá mais atenção aos fatos ruins.

Pense nesta hipótese, suponhamos que você se produza para participar de um evento, onde você recebe nove elogios e uma crítica, muito provavelmente será sobre a crítica que você irá pensar.

Por ser assim, as experiências negativas ficam registradas como que em alto relevo, de sorte que, quanto mais conturbada for a infância de uma pessoa, mais relacionamentos conturbados ela irá procurar em sua vida adulta, arrastada pelo seu coração.

Observa-se que meninas que sofreram com um pai adicto em sua infância, na vida adulta tendem a se aproximarem de homens com algum tipo de vício.

isso ocorre basicamente por duas razões, a primeira é o sentimento de conforto por algo já conhecido, ainda que doloroso é menos assustador do que a insegurança e o medo do novo.

a segunda razão, é a extrema vontade de corrigir o passado, como na infância não foi possível ajudar o ente querido naquela situação, na vida adulta de forma não consciente sente-se que conseguirá "salvar" o companheiro, ou seja, dar um outro fim, uma nova versão à história que viveu na infância.

Da mesma sorte, aqueles que sofreram abandono emocional, ou que precisavam mendigar atenção quando criança, é propenso à buscar um parceiro que reproduza a mesma experiência, resultando em relacionamentos abusivos.

O mesmo ocorre com pessoas que não se sentiram amadas e valorizadas na infância, com isso, não se valorizam na vida adulta e se envolvem em relacionamentos com pessoas que não lhes dão valor.

Como foi a forma de amor que ela aprendeu, há um desconforto e estranheza em relacionamentos funcionais, a pessoa sente que falta algo, e não sabe explicar o que é.

Dedo podre, sem sorte no amor, só atraio o que não presta, são exemplos de pensamentos equivocados, a verdade é que tal pessoa está procurando por exatamente isso, de forma que após um rompimento, sempre leva a novas escolhas de mais do mesmo.

O bem que quero fazer, não faço, mas o mal que não quero, esse faço!

Trata-se de um ciclo de autossabotagem. todos, sem exceção, possuímos um nível de autossabotagem, desde uma leve procrastinação até mesmo a compulsão a repetição.

Freud sugere que a busca pelo prazer é uma constante humana, entretanto essa busca é superada pela compulsão a repetição, que pode nos levar a situações dolorosas e comportamentos destrutivos.

Nosso modo de sentir, pensar e enxergar o mundo, resulta da estrutura neural formada através de nossas experiências, especialmente até os sete anos de idade.

Não é nada virtual, ao contrário, trata-se de um complexo e fisiológico sistema, acionado por meio de reações químicas capazes de proporcionar a neuroplasticidade do cérebro.

Em pobres palavras, nossos emoções mudam nosso corpo físico.

É um grande equívoco sugerir que um indivíduo possa descartar uma crença com facilidade, como alguém que cospe, uma vez que elas fazem parte de nossa estrutura neural, é mais difícil e mais doloroso que arrancar uma mecha de cabelo de uma só vez.

Não cabe falar em desconstruir, como se fosse uma obra de alvenaria. assim como ninguém consegue para de pensar, crenças e hábitos são substuidos.

Suponhamos que eu lhe diga para parar de pensar em uma maçã vermelha, e insisto, pare não pensar em maçâ vermelha, nem com casca nem sem casca; perceba em que você acabou de pensar?

Então te digo: Pense em uma banana amarela semidescascada, banana amarela com a metade sem a casca.

Naturalmente a maçã vermelha só saiu de seus pensamentos quando a Banana passou a protagonizar.

A maneira mais eficaz de eliminar um vício, é substitui-lo por um bom hábito.

Da mesma forma, por desuso antigas crenças são descartadas, quando adquirimos novas crenças.

Segundo a ciência, o ser humano só muda radicalmente sua estrutura cerebral, ou seja seu "coração " através de um grande e forte impacto emocional.

A dor de uma perda, a descoberta de um câncer, um divórcio doloroso, uma falência, ou um grave acidente que deixa a pessoa entre a vida e a morte, são exemplos de forte impacto.

A adoção de novos hábitos, reforçados por boas experiências emocionais contribuem para mudança.

O meio em que vivemos, influi positivamente ou negativamente na construção de nova estrutura, se cercar de pessoas positivas, que nos motivem a sermos melhores, é fundamental.

Recentemente a ciência revelou o impacto da oração no cérebro humano, a interação do lobo frontal e o sistema límbico, resultando em momentos em que o cérebro funciona de forma diferente da normal.

Consequentemente, mudanças são percebidas ao longo do tempo. a repetição deste processo resulta na introjeção de bons sentimentos, esperança e otimismo.

Mudar o "coração" é mudar sua forma de sentir, pensar e enxergar o mundo, de fato, a beleza está nos olhos de quem vê, sendo bons nossos olhos, há esperança para o mundo, mas se forem maus , tudo é sem graça, e não há jeito nem pra nós mesmos.

Mudar o "Coração" tem muito que ver com mudar nossa forma de encarar as situações adversas da vida.

Não é possível mudar, sem antes nos conhecer, o autoconhecimento é essencial neste processo.

Quanto mais nos conhecemos maior é nossa empatia.

Somente tendo a dimensão de nossas vulnerabilidades conseguimos expressar o encantador sentimento chamado de misericórdia.

Quanto as demais situações entrelaçadas com o que vivemos e aprendemos na infância, que nos arrastam a situações dolorosas, são neutralizadas apartir da identificação dos padrões.

Ao torná-los consciente, estes, são suprimidos por processos voluntários de condicionamento para nova realidade, uma vez que o cortex frontal é capaz de dominar o sistema límbico, quando sabemos o que estamos fazendo, é a razão dominando as emoções.

Somos o resultado da percepção que temos de tudo que nos aconteceu.

Uma vez que nossa percepção é transformada, uma nova realidade é criada apartir das atuais experiências, ainda que sejam similares às anteriormente vividas.

Portanto, mudar o coração não é tarefa fácil, mas é totalmente possível.