Dentro de mim, em desespero, vagueio... Dea Lunaris
Dentro de mim, em desespero, vagueio sem rumo,
Palavras embaçadas, que me fazem tão mau quando o fumo.
Uma farsa, uma sombra, quem sou eu afinal?
Qualia, navegando pelas profundezas, em busca da verdade vital.
Às vezes, me perco nas dobras do meu ser,
Emaranhados de emoções, difíceis de entender.
Uma jornada incerta, por caminhos sem sinal,
Na busca incessante, na escuridão, pelo ideal.
O que é ser uma farsa? Esse eco que me assombra?
Um grito silencioso, uma angústia que me ronda.
Um caminho sem volta, que se chama “eu”
Pensamento que agora questiono se é meu.
Escrever é necessário para expressar o meu viver.
Mas, se a escrita não é minha, Como vão entender?
Déjà vu, é inspiração, ou plágio?
Como fazê-los entender que minha mente é frágil?
Pela busca incessante por aprovação
Talvez seja difícil manter apenas na observação.
Como posso fazer para repudiar essa ação?
Podem ficar tranquilos, mutilação, pra mim, não é uma opção.
A angústia dentro de mim é crescente
Ela escapa, e de repente, estou doente
Seja no presente, ou só mentalmente
Provavelmente, é só coisa de adolescente.
Équase uma sensação física, como se eu fosse regurgita-la
A agonia perfura minha utopia com uma bala.