Enquanto minha vida exigia... Dea Lunaris
Enquanto minha vida exigia atentamente
Que eu me movesse, que eu fosse em frente
Qualquer coisa, compromissos, responsabilidades
Minha natureza sentia o prazo chegando
“Seria isso uma ameaça eminente?”.
Dentro de mim, pulsante, o medo e o escalar de algo que não era “eu”
Uma linguagem que eu não entendia;
Era como se eu fosse um barco, navegando em um mar profundo, desconhecido, um mar que também sou eu, que de repente, esse barco se afunda, e eu me perco em mim mesma.
No impulso de seguir
Gritava dentro de mim aquilo que não devia.
Escutei minha alma aos berros, eu só não queria, mas eu não entendia o que não queria
Meu corpo ia contra minha vontade, eu gritei, alto
Alto, e gritei, aos prantos, o medo invadiu,
Medo de tudo, de mim, da minha alma, do que sou e do que serei.