É... “ain’t no sunshine when... Charles Henrique
É... “ain’t no sunshine when she’s gone, it’s not warm when she’s away”, superar uma antiga relação nem sempre é fácil, principalmente quando os motivos que levaram ao fim poderiam ser evitados.
A culpa aparece e o arrependimento arde no peito: Por um momento a dor é tão intensa que parece impossível de ser suportada...
O choro da noite continua pela manhã, as conversas antes de dormir já não são mais as mesmas... e o domingo perdeu a pouca graça que tinha.
A vida fica estranha sem alguém para amar... tão esquisita quanto uma manhã nebulosa que sopra um vento cortante e gelado: O amor faz falta.
Em um término, "de repente", a vida - antes com alguma cor - parece escura... ela assemelhasse àquele antigo quadro preto e branco, pincelado por um artista em meio à própria depressão: tudo é dor.
É... terminar dói: Dói mas passa... principalmente quando abrimos o coração ao ato de amar novamente. Nietzche dizia que "a plena superação vem pela substituição", e nisso tenho que concordar com ele.
O que propicia à alguém superar o passado é justamente a capacidade de colocar o próprio coração em outro lugar... e isso não tem relação, especificamente, com uma nova relação amorosa... dessas no maior estilo "rebote".
Pelo contrário... Amar é uma ação que pode ser direcionada para todos os lados... É um agir que visa, acima de tudo, tornar a vida do outro mais fácil, simples, leve... Seja a vida de um filho, um irmão, de uma tia, de um amigo ou - até mesmo - de um outro amor, é nessa capacidade de servir ao próximo que está o "segredo" para "virar a página".
Se o brilho do seu sol foi embora, ame o brilho da lua!