⁠Aos meus dias de pranto, às... Célia Moura

⁠Aos meus dias de pranto,
às vertigens ocas
espaços inexplorados
e às virgens destrambelhadas
o meu aplauso.

Às flores de lótus
quimeras incendiadas
de paz e opala
minha rendição.

À poesia, mãe amada
companheira de glória e infortúnio,
única e dedicada amiga
todas as pérolas,
poemas, almas decepadas
ouro, platina,
filhos que amei
sem parir e chorei.
Agonia que jamais ousei
de meu ventre
amor aos pedaços
pela enseada de azul e nada.

À poesia e somente a ela
todas as alegrias,
todas as tragédias!