⁠Encontro. Ela chegou!... Vamos voltar... Ana Gelma Lopes

⁠Encontro.

Ela chegou!...

Vamos voltar 30 minutos antes do encontro... Coração acelerado, timidez, ansiedade de olhar nos olhos, ver aquele sorriso encantador.
Tomei água, fui ao banheiro, tomei água, tomei 04 gotas de floral, fiquei imaginando como seria o encontro.

Fiquei ouvindo música, aquela famosa do Djavan "Teus sinais me confundem da cabeça aos pés, mas por dentro eu te devoro, teu olhar, não me diz exato quem tu és...mesmo assim eu te devoro."
De repente;

Ela chegou, estacionou seu carro e eu só observando, saiu dele, bateu a porta e veio ao meu encontro. Meia sem jeito, eu também...
Me cumprimentou com um beijo, senti cheiro de cigarro na hora como se estivesse acabado de fumar.

Me perguntou onde ficava o banheiro e foi logo a procurá-lo..."risos de canto de boca"
Não deixou eu nem responder: Fiquei sem reação e seguindo ela para ver onde iria. Apenas sorrir sem reação!
Eu pensei: Que ventania é essa?

Fui sentar em uma poltrona roxa, aguardar a saída dela do banheiro.
Meus pensamentos soltos sem acreditar ainda...
Veio ao meu encontro e sentou, conversamos um pouquinho. Decidimos juntas onde iríamos comer alguma coisa, onde ela escolheu um restaurante meio retrô, colonialismo francês, aconchegante e agradável por estar na companhia dela.
Conversas embaraçosas, meu humor sarcástico, o sorriso dela encantador.

Eu olhava, admirava o tamanho da sua beleza e sua genuina forma de me olhar.
Jantamos, e eu de propósito coloquei os talheres errados no prato. Só para ver se ela me corrigia, mas ela foi tão elegante que só observou e não falou nada.

E eu forcei a situação, apenas para ver o julgamento dela...rsrs
Porque o que preso em alguém é a delicadeza, a leveza, a pureza, a educação, eu forcei e não nego...
Ela levantou-se, foi ao banheiro.
Eu fui e paguei a conta, ela não gostou. Senti na hora. Eu sou assim! Gosto de fazer gentileza, mas ela não me entendeu.
Queria tanto ela mais um pouco comigo, na verdade era para fazer um convite para ela ficar mais um tempinho... Eu até tentei, ela recusou...
Não sei se ela se assustou comigo, com meu jeito intenso, enérgico de ser...
Despediu-se...
E foi embora!

Não, tô bem de ter à magoado com alguma coisa.
Confesso que senti saudades!
Estranho dizer isso, eu sinto saudades.
Sinto muitas saudades, é estranho esse encontro de sentimentos embaraçosos dentro de mim por cuidado com ela.

Queria saber o que aflige, o quê a preocupa, o que deixa sua cabeça ferver em seus pensamentos soltos...
Preferi respeitar seu tempo!
Porque, quando ela quiser voltar, a porta já está aberta, só entrar!