⁠Sobre o Dízimo - Primeiro, é... Marcelo Rissma

⁠Sobre o Dízimo - Primeiro, é importante você saber que foi com o imperador Constantino que o dízimo voltou a ser exigido novamente; isso a partir do 3° Século.... Frase de Marcelo Rissma.

⁠Sobre o Dízimo
- Primeiro, é importante você saber que foi com o imperador Constantino que o dízimo voltou a ser exigido novamente; isso a partir do 3° Século. Antes de Constantino, o dízimo não era praticado por Jesus, os Apóstolos e nem a igreja primitiva. Os motivos da volta da cobrança do dízimo foram por causa da institucionalização do Cristianismo por Constantino, que gerou uma máquina monstruosa de templos, sacerdotes e funcionários, assim, o estado precisava arrecadar fundos para manter essa máquina gigantesca.
- Segundo, antes da Lei, o dízimo era uma ação voluntária e expressão de agradecimento, reconhecimento e honra a Deus. Abraão deu o dízimo de forma voluntária, ninguém lhe obrigou (Gênesis 14:20). Melquisedeque não pediu e nem cobrou, muito menos inventou que se Abraão não desse, um espírito devorador iria devorar as finanças dele.
- Terceiro, na lei, o dízimo foi institucionalizado e passou a ser de carácter obrigatório, não pelo dinheiro ou bem em si, mas pelo propósito do mesmo.
Ele servia para os mantimentos do templo (MALAQUIAS 3:10) e para as necessidades e mantimentos dos levitas, que não haviam recebido terras e serviam exclusivamente no templo.(Números 18:21 e 24). Assim, quando o povo parava de devolver o dízimo (o que gerava falta de mantimento no templo e de recursos para a subsistência dos levitas e suas famílias), Deus os punia com pestes. As pestes de insetos, principalmente gafanhotos (Joel 1:4), devoravam as plantações e as outras formas de pestes matavam os animais. Isso levava o povo a um estado de fome, necessidades e aflições (pois as duas maiores fontes económicas eram afetadas), que fazia o povo lembrar o mal que causavam aos levitas (ao não ajudar com o dízimo) e consequentemente, se arrepender e voltar a ser fiel a Lei e Deus. Por isso é que em Malaquias 3:10 Deus promete repreender o devorador (gafanhotos, pestes, pragas) caso o povo voltasse a ser fiel. Ou seja, ele impediria as pestes de gafanhotos de destruírem as plantações e assim, arruinarem uma das bases da economia. Aqui, não tem espírito algum envolvido. Em suma, o sacerdócio Levítico é a causa, ou uma das causas primárias da institucionalização e obrigatoriedade do dízimo. E não estando mais ele em vigor e tendo desaparecido, suas exigências não ratificadas no novo pacto ou aliança deixam de vigorar.
- Quarto, com o advento da Graça, não estando mais nós debaixo do sacerdócio levítico (que era temporário e sombra do vindouro), mas debaixo do sacerdócio de Cristo, que é eterno, superior e da ordem de Melquisedeque (Hebreus 7, Hebreus 5:10, etc.), o dízimo voltou no seu lugar de antes, como uma contribuição voluntária (oferta na nova aliança) e espontânea, livre de coerção ou imposição. Assim, é uma tremenda mentira afirmar que se alguém não devolver o dízimo um "espírito devorador" vai acabar com a vida financeira de tal. O devorador na Bíblia é literalmente um gafanhoto, não um espírito (Joel 1:4).
Dito tudo isto, entenda que, o dízimo é bíblico, mas não é evangélico; ou seja, não faz parte da Nova Aliança. E essas ameaças de maldição para quem não dizima mensalmente são invenções dos mercenários e malandros da fé para roubarem seu dinheiro suado.
Pense nisso e cuidado com os empresários da fé!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.