⁠Pedra O vento impetuoso fustigou a... Zeca Castro

⁠Pedra O vento impetuoso fustigou a janela, as árvores dançaram sob a luz artificial. Procurei-te na solidão da memória, templo sagrado em ruínas, várias pedras... Frase de Zeca Castro.

⁠Pedra

O vento impetuoso fustigou a janela,
as árvores dançaram sob a luz artificial.
Procurei-te na solidão da memória,
templo sagrado em ruínas,
várias pedras já foram roubadas,
lançadas ao rio por crianças,
desapareceram na espiral cristalina,
jazem nas profundezas, ocultas,
mas ainda inquietas.
Guardei uma diferente, é azul,
como o meu sonho,
como os sonhos do mundo,
que são como o Céu e que são
de toda a gente e de ninguém.
Onde te perdeste que não te encontro?
A nuvem onde dormimos desfez-se,
choveu durante estações,
mas, depois, os raios de sol entraram
timidamente,
trazendo o calor da esperança.
As árvores finalmente dormem,
o Homem acorda.
Olho para a pedra,
continua azul...
Enquanto viver, ficarei com ela.
Depois, morrerei, tu também morrerás,
onde não sei,
mas a pedra permanecerá
ainda
azul como o céu...