"A alma pusilânime vicia-se em... Sidney Silveira
"A alma pusilânime vicia-se em não ter certezas, até crer, neuroticamente, que toda certeza é incerta.
A exceção são as certezas que servem à sua covardia; estas são inabaláveis, e dão à alma pequena argumentos vários para não fazer o que deve fazer, em circunstâncias concretas de sua timorata existência.
A uma pessoa debilitada por este vício convém delegar a terceiros, ou ao Estado, ou à "ciência", as suas mais importantes decisões.
Ao fraco convém duvidar quando ter certeza é um dever. Não se trata, neste caso, de uma certeza geométrica, é claro, mas da "certeza moral" que impele o homem a agir em ocasiões graves tendo por bússola a opinião mais provável".