⁠Sonatina (soneto II) Não pode ser... poeta do cerrado - Luciano...

⁠Sonatina (soneto II) Não pode ser sempre inquieta poesia Está morna poética, cheio de torpeza Os versos tão enevoados de lerdeza Há de isentar-se desta sensaçã... Frase de poeta do cerrado - Luciano Spagnol.

⁠Sonatina (soneto II)

Não pode ser sempre inquieta poesia
Está morna poética, cheio de torpeza
Os versos tão enevoados de lerdeza
Há de isentar-se desta sensação fria
Num vendaval de solidão e de agonia
O choro apodera da rima em tristeza
Quando a inspiração só quer alegria
E numa sonata vê-se sons da utopia

Hei de subir ao tope da imaginação
Vencer procelas e alaridos, emoção
Ali, triunfante, cheio de doce louvor
Em poema, aclamante, e com intento
O sol da glória há de ornar o momento
E eu, hei de toar: - em versos de amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 janeiro, 2024, 20’38” – Araguari, MG