ASSINCRONIA Eu não sou deste tempo!... Sérgio Antunes de Freitas
ASSINCRONIA
Eu não sou deste tempo!
Já fui; não sou mais.
Sou do tempo em que, por desnecessárias, as atuais leis estarão extintas.
Restará apenas o “Estatuto do Homem”, do Thiago de Mello.
E a legislação decorrente será feita com retalhos de poemas.
A fome durará o tempo de se ir para a casa.
A solidão, só o tempo de encontrar um vivente.
As pesquisas darão prioridades para a cura das doenças físicas e de caráter.
O trabalho será sinônimo absoluto de geração da riqueza.
Os esportes substituirão, definitivamente, as guerras.
Os animais serão livres e nunca submetidos aos caprichos das pessoas.
As terras, as águas e o ares serão abertos à passagem de todos.
A natureza será sagrada.
E a paz, uma criação coletiva.
Sérgio Antunes de Freitas
Janeiro de 2024