Era um vez, um garoto. Vivia... Gilmar Moreira de Pontes
Era um vez, um garoto.
Vivia pensando, sempre, pensando.
Como um mergulho no mar, afundando.
Cada vez mais curioso, e ainda sim, desesperado.
Ou subia para respirar, ou descia para descobrir.
Só poderia escolher um só.
Morreria pra entender, ou viveria para duvidar.
Mas, no fim, por pensar demais, o garoto não subiu, nem desceu.
E ali mesmo morreu, sem nem poder se decidir.