Esse poema nasceu na União Mundial... João Bosco do Nordeste
Esse poema nasceu na União Mundial Brasileira Internacional Geral Organizada - UMBIGO.
Depois de lançar um novo livro, completando cem publicações:
com “MÁRIO DE ANDRADE: em sua "Paulicéia desvairada"
e JOSÉ DE ALENCAR: em sua “Encarnação”, e doeu,
descobri na UMBIGO que o louco era eu.
Após tantos anos aposentado de uma empresa federal,
gerenciando agências bancárias e, posteriormente,
uma diretoria de um projeto de economia solidária
de uma prefeitura, sem adoecer nenhum mês,
descobri que foi agora que fiquei louco de vez.
Participo como membro de dezesseis
Academias de letras e artes nacionais,
Sendo a mais recente a Pan Americana do RJ.,
além de outras oito internacionais.
Mas pra que tanto trabalho, respeitado por tão pouco?
Deve ser porque é pequena a minha parte de louco.
Como uma associação dessa, criada no interior de um estado da federação
pode ser de conotação e amplitude “brasileira”,
prepotência, arrogância ou olho grande?
As demais têm os nomes da cidade ou até regionais.
Quem sabe um dia essa informação venha em memória,
Para mostrar que o louco não sou eu dessa história.
Olhei para os livros de registro da UMBIGO, e apontei várias inconsistências,
precisando de alterações, bem como procurei uma conta corrente
em nome da associação e não encontrei, para facilitar a prestação de contas.
O Código de ética cheio de pés e sem cabeça foi por mim reformado.
Por isso é que eu sou o louco, me virando para todo lado.
Ouvi dizer que um livro organizado e feito de graça,
publicado com trabalhos de 21 (vinte e um) escritores
era apenas um “Protótipo”, coisa sem importância,
numa imensa falta de respeito a todos os participantes,
e com data de lançamento por três vezes adiada,
Mas o louco sou eu, por essa estrada.
Nas minhas loucuras diárias, hoje falo uma coisa,
amanhã mudo de opinião, totalmente diferente.
As minhas opiniões divergentes dependem de como eu me acordo.
Falo mal, inclusive de mim mesmo para as outras pessoas,
Aumentando a fofoca e inimizades.
Acho que assim fiquei doido, por essas disparidades.
Não respondo por nenhum processo na justiça
e mantenho minhas contas em dia,
sem receber dinheiro de ninguém em minha conta pessoal.
Mas quem não agradece um favor recebido de graça,
Quando o largo do tempo passa, se precisar novamente,
Vai ter de pagar com dinheiro, mesmo rangendo o dente,
Por isso, viver tranquilo melhora a loucura da gente.
Quando atendo convites de eventos solidários,
sempre levo muita música, cultura, amor e fraternidade para agregar,
inclusive nas novenas de Natal.
Tenho 62 (sessenta e duas) músicas registradas.
Nos tempos de folga, sou professor de música voluntário da igreja Católica,
há mais de 40 anos, sem NUNCA ganhar um tostão com isso.
Devo ter algum crédito com Deus por conta disso.
Claro, somente louco pode ter esse tipo de compromisso.
Participar de várias atividades associativas é “dar de si, sem pensar em si”.
Quando estou em agremiações que merecem respeito,
Faço de tudo para ajudar, sem discriminação ou preconceito.
Mas quando querem nos fazer de besta, somente porque sou louco,
Aperta os neurônios do cérebro, abre-se no chão uma cratera,
Então o amor se desespera, e me faz cair fora como uma tendência.
Sou um pouco louco, rotariano em mim, com honra e consciência.
Depois de constatar esses “arremedos loucorísticos”,
procurei um profissional da área, para cuidar da minha doidice.
Foi pior: descobri que ele era pior do que a minha maluquice.
Mandou que eu subisse com ele num pé de alface;
catasse umbu num pé de aroeira, jogasse folhas de mandacaru
no mar para fazer uma jangada de isopor,
seguindo num caminho reto por sobre a linha do equador.
Deixei o consultório, enquanto o profissional dormia.
Joguei um chapéu em sua cabeça lisa e a camisa de força na pia.
Se sou feliz com a minha Julieta, sem precisar ser um Romeu,
O que eu quero dessa vida é ser mais louco do que eu.