Ouve-se do Ipiranga verdades... Curto
Ouve-se do Ipiranga verdades flácidas
Contadas por profissionais de mentiras plácidas
O povo heroico de retumbante engano
Assiste cego sem perceber o dano
A liberdade cantada em discursos fúlgidos
Que Brilham na mente dos iludidos súditos
Conquistam os votos com braço forte
Impondo aos incautos, o próprio peito à morte
Terra adorada, Pátria amada
Onde suntuosos espelhos refletem grandeza
Abaixo do céu risonho, no solo, a tristeza
Bosques com vida e sonhos intensos
Sem mãe gentil viram órfãos propensos
Deitado eternamente a luz do céu profundo
grilhão fulgura sem ver o sol no novo mundo
Penhor da igualdade, juízo que não foge à luta
És tu, Brasil, olhar manejado, preto e pobre perde a disputa
Abastado com paz no futuro e onde se apaga o passado
Ergástulo exclusivo para quem já veio do ralo
Pátria amada, idolatrada, salve, salve
Nossos sonhos intensos, salve, salve
E o lábaro que ostenta estrelado
Flamula em meio ao adeus isolado
Vimos mais um filho teu que à terra desce
Terra adorada
Entre outros mil, és tu Brasil
Ó Pátria ingrata