As marcas da paixão Não sei se um... Elcio Jose Martins
As marcas da paixão
Não sei se um dia vou esquecer,
Da mulher que eu mais amei,
Meu peito chora no entardecer e no amanhecer,
Não sei o que eu fiz, para tanta dor eu merecer...
No braço surrado do meu violão
Levo os traços marcados,
Das mulheres que amei e
Daquelas que fui amado...
Nos desatinos da paixão
Pequei e fiquei na mão,
Amei como ninguém,
Foi meu vício, meu caminho e meu vintém...
Mas tem um traço mais forte,
Não sei se foi sina ou se foi sorte,
Por ela desafio o Sul e o Norte,
A ela darei tudo. Quem sabe até a morte!...
Mas existem outras marcas,
O travesseiro já nem disfarça,
São as gotas das lágrimas deixadas,
Na fronha por ela bordada...
Seu cheiro ainda exala,
Nem o tempo o dissipou,
Com soluço a voz se cala,
Só me entende quem já amou...
Meu violão chora a minha dor,
Nada mais toca, senão canções de amor!
Deus! Tenha pena deste homem sofredor,
Atenda meu pedido. Traga-me ela de volta, por favor!
Élcio José Martins