⁠PELOS ÚLTIMOS ANOS, OS MEUS... Rodrigo Gael

⁠PELOS ÚLTIMOS ANOS, OS MEUS OBRIGADOS Obrigado por ter adoecido Felizmente, gravemente! Obrigado por ter perdido muitas coisas Poderia dizer, quase tudo! Obrig... Frase de Rodrigo Gael.

⁠PELOS ÚLTIMOS ANOS, OS MEUS OBRIGADOS

Obrigado por ter adoecido
Felizmente, gravemente!
Obrigado por ter perdido muitas coisas
Poderia dizer, quase tudo!
Obrigado pelas pedras no caminho
Sem as quais, eu não teria tropeçado!
Obrigado pelo aparente vazio
É nele que paro para reflectir!
Obrigado por ter sido traído
Faz parte da aprendizagem reconstruir-se!
Obrigado pela burocracia e pelos burocratas,
Por vezes fazem sentir-me louco, mas é quando mais avanço feroz!
Obrigado pelos abandonos.
Pude perceber quem sempre esteve ao meu lado!
Obrigado pelas muitas crises
Sem elas não conheceria melhor quem me abraça e diz amar-me!
Obrigado a todos que, na minha tormenta se afastaram...
Só os fortes conseguem amparar!
Obrigado a todos que nunca desistiram de mim
Obrigado aos meus últimos anos por manter acesa a chama da selecção natural!
Obrigado aos que desistiram de mim no meio da tempestade.
Pude enfrentá-la com garras mais afiadas!
Obrigado a todos quantos, sem calçarem os meus sapatos e tentar andar, entenderam julgar-me.
Eu já tinha aprendido a defender-me dos falsos juízes!
Obrigado a todos que nunca desistiram de mim.
Sim, ser presente é bem mais que apregoar palavras e vestir-se com falsos abraços.
Ser presente é estar lá, à qualquer momento!
Obrigado a quem resolveu bater a porta da vida na minha cara.
Descobri que quando alguém já não nos faz falta, é porque, possivelmente nunca lá esteve!
Obrigado há quem sacudiu à água do capote no meio da chuva intensa.
É porque viveu dentro de um casulo e, egoisticamente prendeu-se na própria cobardia!
Obrigado aos cobardes que se afastaram de mansinho para não ser percebido sua ausência.
É porque, ou deixaram de ser importantes, ou as máscaras caíram-lhes e evidentemente, entram no processo de selecção natural!
Obrigado a todos que nunca desistiram de mim.
Não é a distância nem o tempo que conta.
Mas sim a generosidade em dar algum do seu escasso tempo, ao espaço vazio do outro!
Obrigado a todos. A quem saiu e seguiu, e a quem ficou a amar-me, tal e qual como sou!