Um adolescente vivendo no... Jhonas Araujo Passos
Um adolescente vivendo no automático.
Viver no automático é como estar em um veículo sem condutor, seguindo uma rota pré-determinada, sem saber para onde se dirige ou por qual motivo. É como estar em um sonho, sem consciência, sem emoção, sem vontade. É como estar morto, mas ainda respirando.
Eu sei disso porque eu vivo no automático há muito tempo. Desde que eu era criança, eu sempre fiz o que me ordenava, sem questionar, sem protestar, sem escolher. Eu estudei o que me instruíram, trabalhei no que me propuseram. Eu nunca tive um sonho, um objetivo, um propósito. Eu nunca tive uma paixão, um amor, uma alegria. Eu nunca tive uma vida.
Eu não sei como eu cheguei a esse ponto. Talvez eu tenha sido influenciado pela sociedade, pela família, pelos amigos. Talvez eu tenha sido vítima de um sistema, de uma cultura, de uma ideologia. Talvez eu tenha sido covarde, conformista, medroso. Talvez eu tenha sido tudo isso e mais.
Mas eu sei que eu não quero continuar assim. Eu sei que eu preciso mudar. Eu sei que eu preciso realmente viver de verdade e não só existir.
Por isso, eu escrevo este texto como um desabafo, como um grito, como um apelo que faço a mim mesmo. Eu escrevo para me expressar, para me libertar, para me encontrar. Eu escrevo para me dar uma oportunidade de mudar.
Viver no automático não é viver. É apenas existir. E eu não quero mais existir. Eu quero viver.
Mas falar é fácil o difícil é eu criar coragem para tentar fazer essa mudança. O medo da mudança é algo assustador, só que isso é assunto para outro desabafo. Fiquem com Deus e cuidem da sua saúde mental.