Medo impenetravelmente translúcido.... Misael Natã
Medo impenetravelmente translúcido.
Não me controlo.
Não sou confiável.
A minha palavras não servem para nada se não para esconder-me de mim.
Não entendo quando preciso agradecer,
Tampouco quando é necessário parar de desculpar-se.
Culpo-me por não me calar.
Culpo-me por não falar cousa alguma.
Só me calo quando não compreendo o que foi dito.
E quando é dito em voz branda não me sinto calmo.
De repente, o sentido da palavra foge assustado.
Entender o indizível rasga o véu da alma.
Uma alma já translúcida de perdas de sentido.
Olho por olho,
E me perco por medo.