Cada um que encare a morte do seu... Paulo Pincel
Cada um que encare a morte do seu jeito.
É livre arbítrio, um direito.
Não vou a velório por um porém
Cultuar a partida é morrer também
É triste, é penoso, chega a doer,
Ver a dor do outro sem nada poder fazer.
Enterrei meus pais outro dia.
E dói até hoje a saudade, a agonia.
É inesperado, o adeus, o ponto final
Na morte não há poesia, é tudo real...
Por essa e por outras, sempre me recusei a ver gente morta.
Não por medo. Os mortos não traem, não matam.
Prefiro celebrar a vida, os momentos felizes, os sorrisos, as boas histórias, as lembranças.
Eu apenas choro. Calado. Por dentro.
Choro e deixo ir!
Vai pai! Vai mãe!
Vai tia, tio, irmã, irmão, vai amigo, amiga.
Vai na paz.
Sejam luz!