Fantasmas afogados Fantasmas afogados... Daniel Paiva in_finitys
Fantasmas afogados
Fantasmas afogados não subirão a superfície.
Pois quando no leito, forjei sua prisão
Lançada no mar com suas amarras
Morreu orgulhosa com a faca na mão
O sangue inocente já foi derramado
Enquanto apanhava seus cacos no chão
O tempo implacável parou um instante
O mundo calou sua sinfonia
Ouviu-se batidas de um coração
Fugindo cansado dessa tirania
Tirando da lama a fera encharcada
Depois te devora, por pura ironia
Fantasmas afogados não subirão a superfície.
Palavras pronunciadas trarão o seu preço
Covardes fugirão do poder da verdade
Os frutos, plantados, terão endereço
O Sol raiará forte, mais uma vez
E vida trará justo recomeço