⁠ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE... Diego Bosso

⁠ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Os surdos e os ouvintes, Libras e Português: relações entre linguagem, cultura, discurso e identidades Aluno: Diego Far... Frase de Diego Bosso.


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO



Os surdos e os ouvintes, Libras e Português:
relações entre linguagem, cultura, discurso e identidades




Aluno: Diego Farias Bosso






Os Surdos não precisam almejar ser iguais aos ouvintes, podendo aceitar e assumir a surdez. O conceito principal que a filosofia bilíngue traz é de que os Surdos formam uma comunidade, com cultura e língua próprias. Os bilinguistas preocupam-se em entender o indivíduo Surdo, as suas particularidades, a sua língua (língua gestual), a sua cultura e a sua forma particular de pensar, em vez de apenas os aspectos biológicos ligados à surdez.
A relação entre as matérias do linguista e do antropólogo supõe que conforme aumenta a teoria e os métodos de um deles aumenta o entendimento do outro. O estudo específico interdisciplinar, tanto em teoria como prática, entre a Antropologia e a Linguística chama-se etnolinguística. A contribuição do antropólogo e do linguista pode ser muito estreita quando o povo estudado está longe dos caminhos trilhados pela civilização. Neste caso, não se tem conhecimento preexistentes, os estudiosos que irão investigar são poucos, portanto, quanto mais seguras e sistemáticas forem às informações extraídas, maior será o conhecimento das línguas e culturas humanas.
O bilinguismo ainda não foi completamente definido. Enquanto alguns estudiosos são bem rígidos quanto a ele, outros são menos específicos.
Em geral, o bilinguismo seria a coexistência de dois sistemas linguísticos no dia a dia de um indivíduo, seja em uso simultâneo ou separado.
Isso significa ter uma competência mínima em um segundo idioma. Por exemplo, ser falante nativo de português e saber se comunicar em inglês.
Para outros, o bilinguismo é a competência total no segundo idioma. O indivíduo bilíngue seria capaz de ler, ouvir, escrever e falar perfeitamente em duas línguas.
Não há uma definição única porque fluência é algo difícil de definir. Se ser fluente for saber falar sobre qualquer coisa em um idioma, mesmo falantes nativos não seriam fluentes, por exemplo.
As identidades surdas e ouvintes se diferenciam por uma língua, mas se aproximam pelas culturas locais e regionais de pertencimento. Essa seria a diferença que a escola precisaria perceber: a diferença linguística, mas a igualdade de fazer parte de um mesmo espaço natural da sociedade.
A vivência surda é muito visual. A visão é possivelmente o principal sentido de contato com o mundo, de apreensão e significação das informações. Na visualidade se centram, certamente, a maior parte das alternativas planejadas para a pessoa surda.
A comunicação entre surdos e ouvintes, nesse sentido, torna-se um dos principais na socialização dos surdos que, por consequência, implica em falta de acesso à educação de qualidade, consumo de produtos e serviços, bem como dificuldade de inserção no mercado de trabalho.
A pessoa surda é capaz de escrever com base no conhecimento que obteve previamente e tem como primeira língua a libras. Quanto maior for o contato com conteúdos escritos e participação social, maior será a quantidade de vocabulários memorizados com isso terá mais acesso para a sociedade, existira menos preconceito.

As identidades surdas são multifacetadas, fragmentadas, em constante mudança jamais se encontra uma identidade mestra, um foco. Os surdos passam a serem surdos através da experiência visual, de adquirir certo jeito de ser surdo.
Por fim, o fortalecimento das escolas bilíngues é uma possibilidade para que o sujeito surdo tenha mais perspectivas, de que seus direitos sejam respeitados e possa se desenvolver em sua própria língua. Além disso, possibilita ao sujeito ouvinte o conhecimento da cultura, e da própria Língua de Sinais Brasileira.