Não ponho-me à alegria, porque ao... Leonan Freitas
Não ponho-me à alegria, porque ao final do dia, serei só eu e a tristeza velada.
Serei eu e a certeza de que tentei, sofri e chorei, e que o pouco que ganhei, no fim não valeu nada.
Serei eu e a noite, que como um açoite, irá me machucar. Mas não com couro, e sim com a verdade.
Serei eu e a mentira, de que findando o dia, deixarei de ser metade.
Mas o vazio não muda o fato, a verdade não muda o vazio, e o vazio não muda o homem.
E na vindoura manhã fria, em meio à nefasta agonia,
Serei eu então um nome.