Não abro mão da minha solidão... Evan do carmo
Não abro mão da minha solidão
Quando sou vazio metafísico
No silencioso abismo de mim
Onde criou o imponderável.
Neste instante glorioso em que "sou"
Longe do mundo e das pessoas
Eu tomo meu café amargo
E me solto das amarras dos homens
Tudo é infinito e intocável
Para tudo além de mim
Sou natureza e instinto
Não importa se sou verdade
O que crio foge às convenções
A arte de viver é ser livre
A arte de morrer é negar
Julgar é tarefa para os mortos.
Enquanto vivo penso, existo
A crença de esperar o amanhã
É fuga e medo de sonhar
Não sou poeta, apenas minto.