O paradoxo da presença na ausência:... Pra. Mônica Campello
O paradoxo da presença na ausência: a cruz divina
“E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.
O qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.
Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor.”
(At 11:18,23,24).
Nos três versículos acima, percebemos ações provenientes de Deus para as vidas de seus escolhidos:
a) Primeiro, Deus estendeu a sua salvação a todos os povos; não a deu somente aos judeus;
b) Segundo, um servo fiel de Deus exorta a todos que permaneçam firmes no Senhor;
c) Terceiro, muitos atenderam a exortação porque aquele que a dera era um servo cheio do Espírito Santo, cheio de fé, e um homem de bem.
Assim, entendemos que Deus nos dá a oportunidade da salvação mediante a nossa comunhão com ele baseada em nossa fé, em nossa unção pelo Espírito Santo e pela nossa dignidade como pessoas de caráter digno.
Logo, se temos um bom caráter, se somos batizados com o Espírito Santo, se exercitamos a nossa fé somente em Deus, é certo que receberemos de Deus a sua salvação. Portanto, cabe a cada um de nós a responsabilidade de praticar todas essas ações em favor da nossa salvação eterna.
Uma vez salvo, salvo para sempre?! Não é bem assim! Pode alguém ser salvo por Jesus - o Salvador - estando distante de Jesus, estando afastado de Deus?! Assumindo outro tipo de fé em outros seres espirituais que não o próprio Deus?!
A fé cristã exige que a pessoa que confessa Jesus como seu salvador e Libertador esteja firme com Deus em todos os sentidos, em todas as circunstâncias, por toda a vida, sem se desviar nem para direita e nem para esquerda, tampouco ficar olhando para trás (Gn 19:26). Mas, sim, manter os olhos fixos na cruz de Cristo como memorial de seu sacrifício vicário pela salvação e libertação de todo a humanidade (Nm 21:8,9; Hb 12:2). Todos os dias se lembrar da frase dita por Jesus: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15:5).
A cruz sem Cristo é a presença dele em nossas vidas.